domingo, março 18, 2018


O vento cavalga desde o Leste
numa montaria invisível.
Ele me traz uma mensagem:
"Sossega a tua mente e abre uma garrafa de vinho".

Eu o ouvi com o ouvido surdo.
Tomei o vinho de velha safra e o abri.
Despejei-o delicadamente no cálice
E sorvi um trago.

Que delícia maior pode haver nesta noite?
Minha mente quieta, a carícia do vento
E a doçura do rubro líquido, dom de Dionísio.
Faltam-me apenas os teus lábios vermelhos...

Awmergin, o Bardo
- in "O Templo de Eros"

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