sexta-feira, maio 05, 2006

Ego (Eu)

Deu-me um corpo a Natureza
E de vida o dotou,
Mas não sou o corpo, nem a vida.
Emoções eu tenho: amor e ódio, alegria e tristeza.
Os pensamentos e desejos são inúmeros,
Tantos que às vezes me confundem.

Da Terra obtive o corpo, a vida,
Emoções e pensamentos variados.
Eu, no entanto, não sou nenhum
Destes agregados que minha
Mãe-Terra me deu.
Sou Ser do alto, do Céu Urânico.

Do Pai-Céu recebi a Mente
Que me dá Consciência Superior
e a Intuição que me faz compreender
Plenamente os seres e a todas as cosias.
Eu, porém, não sou nenhum destes
Atributos superiores outorgados a mim.

Sou imóvel, invisível, imcompreensível;
Ninguém pode me ver ou compreender,
Sentir, tocar e nem ouvir.
Sou observador silencioso.
Nunca saio de minha morada:
O meu trono de Unidade.

Estou escondido, muito recôndito
E muitos crêem que não existo;
Há outros, porém, que me intuem
E me procuram. Todavia, sou difícil
De ser encontrado.
Pois, apenas me vê o cego que não me deseja.

Eu estou em todos os seres:
No grão de areia, na pequena erva,
Num passarinho e nos homens;
No entanto, na deixo de ser UM.
Em tudo estou presente,
Mas nunca me divido, nem deixo de ser EU.

Sou o mais profundo Enigma
Que nenhuma teoria conseguirá
Jamais desvendar e explicar.
Apenas deixo de ser Mistério
A quem Comigo aprende a conviver
E fazer parte de si mesmo.

Eu sou tu, ele e ela;
Sou nós, vós, eles e elas;
Sou o Todo e o Nada,
Fogo, Ar, Ágia e Terra
E o Éter sutil onde
Resido solitário pela eternidade.
Awmegin, o Bardo
Em 22/01/2004 às 01:25h

Nenhum comentário: