sexta-feira, maio 05, 2006

Artimanhas de Eros


Uma muralha em meu peito ergui
Para escapar das investidas
Do menino alado que por doze luas
Tentava-me transpor a defesa.
Mas, ele não encontrara
A mulher apropriada para pôr
Terra abaixo minhas defesas
Tão laboriosamente construídas.

Em uma noite, quando sereno me encontrava,
Surgiram aqueles olhos fatais
Que poriam chama de Amor
Novamente a arder em meu
Gélido peito, revestido de couraças.
Os olhos daquela Dama, oriunda
Das terras de Espanha,
Fizeram-me cativo de Eros uma vez mais.

Ah! Um olhar... um simples olhar
Da Dama de Espanha pôs abaixo
Meu muro e fez arder meu coração
Frio de receios. E pensei que fosse
Resistir às artimanhas do filho
De Afrodite de belos cabelos!
Como poderia, se nem Zeus o pode?
Só me resta, então, entregar-me ao deus.
Awmergin, o Bardo
Em 05/05/2006, às 00:20h

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