sexta-feira, maio 05, 2006

Lembro-me de ti, amada...


Lembro-me de ti, amada,
Como o exilado lembra
De sua terra distante.
Eu te saudo como o velho
Sauda a sua juventude perdida.
Lembro-me de teu rosto
Como um menino que viu
A face da mãe e não tornou a vê-la.
Eu saudo a luz de teus olhos
Como a homem cego sauda as estrelas.
Lembro-me do brilho de teus cabelos
Como o tecelão que não mais viu fios d'ouro.
Ó minha amada, eu sinto a tua falta
Como o Sol sente saudades da Lua.
Deixa-me unir a ti como se unem

A chuva cristalina e a terra fértil.
Deixa-me unir a ti como se unem
O vento esvoaçante e a floresta virgem.
Deixa-me unir a ti como o fazem
O Espírito etéreo e a Matéria densa.
Awmergin, o Bardo
Em 05/05/2006, às 00:38h

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