Se do amor nada mais resta que um outono,
Deixa que ele dê seus frutos.
E se vier o inverno, esperemo-lo passar.
Pois sim: também passará o inverno.
Recorda-te, amada minha, de que cíclica
É a Ordem do Todo.
Um novo sol há de brilhar para ti novamente.
Eu te pergunto: que há de resistir no Amor?
Entrega-te, vive e sê!
Se tiveres que te cobrir, faça-o com
O manto que teci para ti: um manto de ternura.
Traja nesta veste o teu corpo nu
E se tiveres de tirá-lo, tira-o para mim;
E que eu possa ver-te, como Ninfa desnuda que és.
Deslumbramento? Oh, sim!
Como tu não deslumbrarias, se tu és astral?
Tens em ti uma radiância própria, como a das estrelas
Cintilantes do firmamento.
Mas, para ver em ti
Esta luz, há que mirar dentro de teu ser.
Teu brilho não é só o dos teus olhos,
Tampouco o da beleza evidente de tuas formas.
Mas, aquele da tua Alma Feminina.
Quem pode ver este brilho? Quem?
Aquele que te enxergar com Amor.
Se dormes, faze-o nos meus braços.
E que teus seios sejam acariciados
Por minhas mãos.
De terra pode ser feita tua carne,
Mas, de fogo e paixão
É constituída tua essência.
Sim, és Mulher de Eras.
Tu, inteira, és sacra.
Tu, plena, és templo.
Tu, toda, és eterna.
Awmergin, o Bardo
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