domingo, março 20, 2011

Vem, une-te a mim.



Seja o céu estrelado nosso manto,
A areia da praia nossa colcha;
As estrelas todas da Galáxia
As únicas testemunhas de nossa união.

Entrego-te meu corpo;
Dá-me o teu, minha amada, minha mulher!
Sorve o mel em meus lábios.
Nos teus, beberei ambrosia
E neles serei imortal.

Que imortalidade quero,
Além daquela que gozo em ti?
Ah! Nada quero além deste deleite
Aqui, neste momento!

Vem, abraça-me, beija-me!
Ardam nossos corpos qual fogueiras
Atiçadas e cheias de brasa.
Queimemos de paixão e desejo.

Vem, une-te a mim, amada.
Desejo sentir a suavidade de tua pele,
Quero embriagar-me na doçura de teu perfume
De mulher; quero sentir teu cheiro de fêmea.

Vem, amada, reclina-te em meu corpo.
Sente como minha pele morena arde pela
Tua alva tez.
Viril, amante, pleno de desejo eu te quero!

Vem, amada, unamo-nos!
Celebremos este ato em honra a Eros
E em honra à divina Afrodite!
Embriagados pela dádiva de Dionísio,
Deliremos de desejo.

Awmergin, o Bardo - in "O Templo de Eros"

Um comentário:

Silvia Mendonça disse...

Meu querido, amigo. Apesar de ter vindo outras vezes ao teu canto, esta é a primeira vez que eu comento um poema teu. Estava te devendo uma visita mais demorada, para ler com calma alguns trabalhos. Este poema, em especial, muito me agradou, pelos versos bem cuidados, pelo erotismo sutil de dele exala. Eros deve estar satisfeito com seu pupilo. Bravo. Adorei ler-te. Beijos da Silvia Mendonça