sexta-feira, julho 07, 2006

O Mensageiro Alado.




















É noite e me encontro só em minha choupana. As janelas estão abertas e o vento adentra trazendo de longe mensagens a mim. Ele me revela segredos a poucos acessíveis; fala-me numa linguagem misteriosa, que só compreendo porque minha mente ouso calar.
Eu rogo ao Vento por um favor: peço-lhe que leve consigo o meu coração àquela Mulher amada que em distantes e gélidas terras se encontra: "Ó Vento, cavaleiro dos céus, leva contigo o meu amor e entrega-o à filha de Vesta, minha amada dos olhos de esmeralda. E diz a ela para que custodie este tesouro que envio por ti."

O Vento, cavaleiro alado, respondeu-me: "É de bom grado que te presto este serviço, Bardo. Tu és um irmão querido. Quantas vezes eu te carreguei em meus braços, quando em ave dourada te transformas e pelo meu reino peregrinas? Sim, meu caro, eu levarei o teu ígneo amor à tua amada. E que ele possa aquecê-la naquelas tão frias terras."

Após ter falado partiu, aéreo e ligeiro, o meu companheiro esvoaçante, levando consigo o meu mais precioso tesouro: o coração em chamas, aceso no Altar de Eros.

Awmergin, o Bardo
Em: 17/06/2006, às 00:17h

Um comentário:

Anônimo disse...

Nossa cara.. Você é muito bom!
Adorei seus textos...

Belo bardo!