quinta-feira, setembro 15, 2011

O mistério ultrapassa os atributos.

À alma sensível, tudo pode ser motivo de arrebatamento e êxtase. Um cair de folha do galho duma árvore, uma gota de orvalho dependurada numa folha, um soluço, um raio de sol que penetra pelas copas das árvores; Um bater de asas duma borboleta; um grito, um pranto, um riso e o cintilar duma estrela... Nada há de irrelevante para a Alma sensível e criativa. De tudo ela se apropria; de tudo ela faz beleza e retira proveito para seu crescimento interior. Todo aquele cujo olho e ouvido internos estão abertos sabe perceber claramente as sutilezas da Vida e apreende mistérios que a grande massa vulgar jamais perceberá, pelo fato de estar escravizada numa vida complexa e iludida pela mente. Não percebem que os tesouros da existência “escondem-se” no simples, no delicado, no corriqueiro. Buscar a felicidade no grande é uma ilusão. No pequeno reside o valor. Um átomo é todo o Cosmos. Se tu compreendes os mistérios do minúsculo, aprenderás os mistérios do imenso. Não há, contudo, minúsculo ou tampouco o imenso. Pois, tudo é o que é, sem atributos. A mente outorga denominações às coisas, mas cada coisa é o que é, sem nomes. Percebe isto e une-te aos entes sem atribuir-lhes nome algum ou qualidades. Apenas compreenderás quando não pensares as coisas, mas fazer-te um com elas. Awmergin, o Bardo

4 comentários:

Carmen Regina Dias disse...

Inefável!
Belo, como todas as páginas
que escrves, alma sensível e criativa, alma de poesia.
Adoro ler-te.
Porque tu és do tamanho e do peso
das palavras sentimentos que compóem os teus escritos, mano.

Beijos.

Giselle Dantas disse...

Meu querido Bardo, sou feliz, porque sou assim. Vejo beleza em tudo! O que chamam de feiura nada mais é do que dor! Coloquemos ali um olhar amoroso e ela se transmuta em beleza!

Ana Claudia Lara disse...

Lindo post !

CeciliaÓrion disse...

Quanto tempo sem saber-te, que alegria encontrar-te
bendita Vida!
Bendito BARDO...